Cérebro e Diabetes – O que fazer para prevenir a doença?

Onde começa o diabetes? O que fazer para evitar que a doença se manifeste se já tivermos predisposição a ela? Entenda tudo sobre o assunto a partir da ótica do Dr. Álvaro Afonso

Como praticamente tudo no nosso organismo, o diabetes possui uma estreita ligação com o fornecimento de um hormônio específico.

A insulina, responsável por promover a entrada de glicose nas células (dentre outras funções) é o principal hormônio envolvido nessa equação.

Atualmente, são mais de 6,9% da população brasileira vivendo com diabetes, o que é o equivalente a mais de 13 milhões de pessoas.

E, muito embora o fator genético de hereditariedade esteja presente como uma das principais causas, é inegável como os ambientes ao nosso redor são determinantes para a manifestação – ou não – dos “genes diabéticos”.

O Dr. Álvaro Afonso já até mencionou em uma de suas entrevistas que “Um quilo de prevenção vale mais do que uma tonelada de tratamento.”

Então, não adianta jogar toda a culpa em cima do fator hereditário, não é mesmo? A prevenção é sempre o melhor caminho.

Saiba neste post tudo sobre o cérebro e a diabetes.

O fator cultural e sua influência sobre a diabetes

Quando falamos que existem diversos ambientes capazes de fazer os genes que carregam a “pré-diabetes” se expressarem, significa que os fatores emocional, psicológico e cultural estão intrinsecamente ligados à manifestação da diabetes.

O fator cultural vai englobar o conjunto de hábitos com os quais fomos sendo moldados durante toda a vida.

Esses hábitos incluem hábitos alimentares, rotina de sono, sedentarismo entre outros.

Considerando que toda essa repetição de hábitos – durante toda a nossa vida, na verdade – está gravada em nosso código genético, fica fácil perceber como nossas ações podem influenciar no “despertar” da diabetes.

Se esses hábitos forem favoráveis à diabetes, você pode deduzir que ao longo dos anos os maus hábitos formaram uma bola de neve que acabou despertando a doença.

Mas não são apenas os hábitos alimentares que contam nessa equação.

O ambiente psicológico é igualmente determinante para o desenvolvimento da diabetes.

O cérebro e a diabetes

O maior desafio para quem quer tratar ou prevenir o diabetes não é saber o que deve fazer.

Pense comigo: Nosso DNA é como um enorme diário, onde todos os momentos de nossa vida estão registrados, os bons e os ruins.

Os momentos bons geram boas sensações, que são acolhidas com satisfação e gravadas como situações com o sinal verde, ou seja, que podem – e devem – ser repetidas sem medo, pois não acarretará em danos de nenhuma natureza para o corpo.

Porém, os maus momentos, as situações conflitantes ou perigosas ganham um selo de sinal vermelho. Nesse caso, nosso cérebro será o primeiro a detectar uma possível decepção se você for por esse caminho.

Assim, a defesa mais óbvia do cérebro será tentar desviar daquele caminho que foi tão mal sucedido da primeira vez.

Essas decepções, desilusões, quando acolhidas e não solucionadas, quando não encaradas de forma madura e segura, criam verdadeiras barreiras para nosso cérebro, que podem resultar mais na frente em casos sérios de ansiedade e até depressão.

Resumindo, quando o cérebro recebe uma lesão dessa magnitude, é muito mais difícil para esse paciente executar tudo o que manda a lista de “o que fazer para prevenir e tratar o diabetes”, incluindo principalmente a rotina de exercícios físicos e a boa alimentação.

O chamado ambiente tóxico é composto por situações esmagadoras como tensões, frustrações consecutivas e frequentes e a ansiedade. Juntas, essas situações conseguem causar uma alteração no cérebro, que vai implorar desesperadamente por aqueles alimentos completamente desfavoráveis para o combate à diabetes.

Você já passou por uma situação onde você não parecia ter controle sobre seu próprio corpo? Onde você comeu compulsivamente ou “desejou” tanto comer algo que só conseguiu ficar “em paz” após ingerir esse alimento?

Isso é, no sentido mais literal, coisa da sua cabeça! (no caso, do seu cérebro).

Ou seja, o seu estado de espírito não é apenas isso.

Seu corpo procura sempre responder aos estímulos que ele recebe. Qualquer tipo de dieta ou mudança de hábito só será bem recebido e executado se você tiver consciência de que seu cérebro precisa estar em boas condições de acolher esse novo estilo de vida.

Caso contrário, sua iniciativa de lutar contra a diabetes não passará disso: uma iniciativa.

Fazer um check-up completo, passando por um neurologista, endocrinologista e nutricionista para uma avaliação mais completa e detalhada é a melhor maneira de garantir o sucesso de sua prevenção.

Depois, basta investir em um estilo de vida favorável e equilibrado, regado por exercícios físicos regulares, uma alimentação saudável, livre de estresse e sobrecarga nas demandas psicológicas.

Dessa forma, você viverá mais e melhor, evitando passar perto da diabetes!

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