Banalização da Cirurgia Bariátrica – Entenda por que não é regra, mas sim uma exceção!

Atualmente, devido a busca desenfreada pelo corpo perfeito e pelo o peso ideal, muitas pessoas têm buscado meios cada vez mais invasivos, como no caso das cirurgias bariátricas.
E muitos veem nessa cirurgia a solução de todos os problemas com o peso, pensando que só por meio dela é possível se livrar das paranoias e do efeito sanfona.

Porém, será que a cirurgia bariátrica é realmente a solução para obesidade? Existem hoje outros meios menos invasivos e agressivos?

E será exatamente sobre isso que iremos falar neste artigo, quais são reais causas para obesidade e se a cirurgia bariátrica é realmente a solução para esse problema.

Qual é a real causa da obesidade?

Sabemos que a obesidade é uma doença inflamatória do corpo inteiro, de todas as células do nosso código genético. Mas ela não é causada com frequência, por qualquer falha do organismo.

Ela é fruto das interações entre fatores genéticos e ambientais e apenas num pequeníssimo número de casos se deve a outras causas, como doenças endócrinas, síndromas genéticos, tumores, etc.

E raramente a obesidade é causada por uma falha no nosso organismo, a obesidade é multifatorial e é causada pela inflamação dos nossos genes e pela interação do ambiente em que vivemos.

Ela é uma doença biopsicossocial, emocional, cultural, ou em função das mudanças do nosso ambiente, que evidentemente não foram acompanhadas pelos nossos genes.

A cirurgia bariátrica é realmente solução para a obesidade?

A obesidade não pode ser tratada como vem sendo proposta, como se fosse uma doença do corpo em que a solução, que deveria ser uma solução somente para determinados casos muito raros, passou a ser uma opção de tratamento.

As cirurgias bariátricas cortam e modificam parte do nosso corpo, e infelizmente o nosso corpo não tem nenhuma culpa disso.

O que acontece neste caso é que, as pessoas que engordaram muito, ou querem uma solução mágica, sem nenhuma mudança no estilo de vida, geralmente optam por essa alternativa.

E essa é uma maneira infelizmente de perceber o mundo conduzida pelo os meios que dominam a nossa sociedade.

Pois as cirurgias que estão sendo utilizadas para tratar a obesidade, não são em sua maior parte, indicadas corretamente.

Para indicar uma cirurgia em uma pessoa, com a finalidade que ela tenha uma redução no seu peso e da sua massa de gordura, é necessário analisar as causas, e essas causas não estão no corpo, mas sim na adaptação da pessoa a vida.

E o que acontece é que, depois da cirurgia, a pessoa modifica a sua personalidade, pois é impossível mexer no sistema digestório, sem mexer no cérebro, pois os hormônios que fazem o nosso cérebro funcionar são produzidos pelo nosso sistema digestório.

Quando mudamos as bactérias e fungos do intestino, em função da cirurgia, são retirados e mudados os trajetos em nosso trato digestório, que consequentemente mudará toda a circuitária do cérebro, que no final, irá alterar a nossa personalidade.

Outro ponto importante é que, os critérios que foram definidos para você indicar uma cirurgia bariátrica ou uma cirurgia no trato digestório, são simplesmente alteradas pelas interpretações das pessoas que indicam as cirurgias.

Porém, não necessariamente eles fazem uma avaliação, nem um acompanhamento posterior, para saber o que acontece com a vida da pessoa e da família do paciente.

Sempre que aparece alguém que foi submetido a uma cirurgia deste tipo nos consultórios, é um sofrimento, pois não podemos fazer muita coisa depois que a pessoa já fez a cirurgia e os problemas começam a aparecer.

Os problemas muitas vezes são relacionados ao fato dos pacientes não poderem comprar as medicações que são necessárias para restabelecer os efeitos colaterais.

E também não podem fazer uso de medicações que deveriam fazer desde o início, para poder melhorar o seu comportamento de antes, que são os problemas que temos que enfrentar na vida.

Na maioria das vezes também os pacientes não têm as condições financeiras de fazer a suplementação, e passam a ter problemas de absorção de nutrientes, cada vez menos músculos e menos vontade de praticar atividades físicas.

E com isso passam a recuperar o peso e ter problemas de relacionamentos, pois mudam completamente as suas percepções, opções, identidade.

A verdade é que a cirurgia Bariátrica somente deveria ser indicada no momento que as pessoas fracassassem nos tratamentos normais de obesidade, seguindo os critérios antigos e não como uma opção de tratamento.

No entanto, na maioria das vezes, as pessoas que estão realizando as cirurgias bariátricas, jamais fizeram qualquer tipo de tratamento correto de emagrecimento.

E o que deveria ser uma exceção, passou a ser uma regra. Além disso, as pessoas que já não tem muita determinação, comprometimento, consciência, conhecimento e informação de qualidade, passam a impulsivamente engordar novamente.

A questão não é a cirurgia bariátrica, mas sim o problema social que foi criado

A obesidade é uma doença inflamatória sistêmica, cujo o tratamento é multifatorial e não é por alteração do corpo, mas sim uma alteração biopsicossocial, ou seja, o ambiente é que está adoecido.

No entanto, o que agora estamos vendo, são as pessoas chegarem no consultório, já achando que a única opção de tratamento da obesidade é fazer cirurgia.

Porém, o problema não é a cirurgia bariátrica em si, mas sim que ela se tornou um outro grande problema, pois as pessoas depois que operam, passam a ter desafios muitas vezes maiores do que tinham com a obesidade.

E o tratamento para as pessoas que optaram por esse caminho é mais difícil, pois o sentimento de impotência é muito grande depois da operação.

Por isso, a decisão sobre fazer ou não a cirurgia deve ser muito bem analisada e não banalizada como está sendo atualmente.

E para quem já passou por esse procedimento, saiba que o acompanhamento pelo os profissionais de saúde poderão ajudá-lo a observar as mudanças que irão ocorrer em seu corpo.

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Dúvidas, críticas ou elogios deixem nos comentários. Até a próxima!

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