Ficar sem se alimentar por algumas horas pode aumentar sua expectativa de vida. Parece estranho, mas é o que afirma o Nobel de Medicina, o japonês Yoshinori Ohsumi.
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Ficar sem se alimentar por algumas horas pode aumentar sua expectativa de vida. Parece estranho, mas é o que afirma o Nobel de Medicina, o japonês Yoshinori Ohsumi.
Que japoneses tem a fama de viverem mais, isso você já sabe.
Imagine só se o prêmio Nobel de Medicina e Fisiologia caísse bem nas mãos de um japonês que afirma ter descoberto a fórmula da longevidade.
Bom, isso não é tão hipotético assim.
O jejum intermitente seria o grande responsável por esse feito, uma vez que for comprovado que o jejum intermitente ative a autofagia.
A autofagia, conceito delineado nos anos 60 tomou forma em 1990 com o referido ganhador do Prêmio Nobel, ao relacionar essa reciclagem celular com a longevidade.
Quer saber tudo sobre o assunto? Continue lendo o post.
Da autofagia à longevidade
Conhece-se por autofagia o processo no qual uma célula sofre catabolismo e degrada-se a si mesma, através dos lisossomos.
Em outras palavras, a célula “come a si mesma” para suprir uma deficiência nutricional, redistribuindo nutrientes das funções menos importantes para as essenciais.
Assim, ela destrói velhas organelas e recicla-se, já que prioriza as células mais desgastadas e danificadas para alimentação.
As organelas são estruturas intracelulares que possuem importante papel na manutenção da vida.
E o que a longevidade tem a ver com a longevidade?
Bom, quando as células passam muito tempo sem promover autofagia, não existe uma renovação celular capaz de promover o bom estado das células.
Assim, o número de células velhas e danificadas aumenta, promovendo o surgimento de doenças e a morte celular.
Olhando por essa ótica, passar por um processo de renovação celular de tempos em tempos evita doenças e pode nos promover alguns anos de vida a mais.
Quem pode fazer o jejum intermitente?
Como se trata de um jejum, alguns grupos de pessoas estão mais suscetíveis a desenvolverem resistência quanto à essa prática.
Primeiramente, pontuamos que, antes de iniciar qualquer dieta, jejum ou autodiagnostico, procure orientação médica.
Nada substitui o parecer de um especialista no assunto.
O jejum não é recomendado para pessoas com o Índice de Massa Corporal (IMC) abaixo da média.
Crianças, idosos e gestantes também devem ficar de fora desse jejum, já que são grupos com necessidades nutricionais bem específicas e que são considerados mais frágeis.
Os adolescentes também devem esperar alguns anos e estabilidade no peso para começar o jejum intermitente. Como estão em fase de crescimento, o ideal é manter uma alimentação regular e balanceada.
Então, quem pode fazer?
Pessoas em idade adulta e em boas condições de saúde (e que não estejam em busca de hipertrofia muscular) podem aproveitar os benefícios do jejum intermitente.
Os resultados são mesmo bons?
O jejum intermitente virou febre por dois motivos principais.
Primeiro porque muitas pessoas afirmam não se dar com a alimentação na frequência de 3 em 3 horas.
Nesse caso, o jejum intermitente seria uma alternativa para essas pessoas.
Outras pessoas afirmam que essa é uma ótima estratégia para perder peso.
E o que o Prêmio Nobel diz?
O primeiro passo já foi dado.
A comprovação da autofagia no processo de reciclagem das células é apenas o pontapé inicial para a série de estudos que estão sendo feitos a partir dele.
E, embora haja controvérsias sobre o assunto, é inegável a ligação entre a autofagia e a longevidade.
Faltam apenas estudos que encontrem o elo entre a autofagia ativada pelo jejum e a longevidade celular.
Podemos esperar por ótimos resultados no futuro e inserir mais uma prática saudável em nosso dia a dia.
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