Medicamentos emagrecem? Às vezes podem atrapalhar. Saiba quando fazem sentido

Durante o tratamento da obesidade, muitos pacientes buscam conhecer com certa pressa qual a medicação indicada para iniciar o tratamento.
E, bom, tratar a obesidade não se trata apenas de emagrecer, nem é tão simples como parece.

Primeiro porque a obesidade possui causas diversas, mas um radical comum.
Segundo, porque vai exigir do paciente uma série de confrontos emocionais, que geralmente vem acompanhado de ansiedade e outros problemas de saúde.
E em terceiro porque, para um tratamento eficaz, os remédios não devem de forma alguma agravar os quadros de estresse, ansiedade, distúrbios de humor ou qualquer fator que leve à aumentar a indisciplina e a falta de controle do paciente sobre si.
Por isso, elaboramos cuidadosamente esse artigo. Nele, você vai encontrar esclarecimentos a respeito da natureza de certos medicamentos: emagrecem? Agravam a obesidade? Como tomar. Veja agora!

O que é a obesidade
De forma rápida, vamos lidar com a obesidade como ela é.
Deixando de lado o senso comum sobre ganho de peso e hipertensão a médio prazo, a obesidade se desenvolve quando a pessoa possui os genes chamados parcimoniosos.
Uma das características desses genes é a falha no processo inibitório do cérebro de estímulos. Nesse caso, essas pessoas naturalmente lidam mal com estímulos.
Sabemos que o cérebro funciona em pulsos de informação, num ciclo em que para cada estímulo existe uma inibição e vice-versa.
No caso de uma pessoa com obesidade, esse ciclo não ocorre de forma saudável. Sem a inibição correta de certos estímulos ocorre diversos transtornos, como por exemplo, a compulsão alimentar.
Por isso, a obesidade não se trata apenas de “fechar a boca e fazer exercícios”. Existe todo um metaprograma, toda uma criação, toda uma genética por trás dos processos.
O primeiro passo para a mudança deve ser a aquisição de informação de qualidade e a compreensão de que cada um tem o poder nas mãos de mudar a sua vida para melhor.
Mas, voltando aos medicamentos… Como eles podem ser prejudiciais em cada caso?

O emocional e a medicação
Como falamos acima, a obesidade está diretamente ligada à essa falha inibição-estímulo.
Nesse caso, os remédios psico estimulantes (do tipo sibutramina, femproporex, anfepramona) estão descartados para o tratamento da obesidade em pessoas que tem dificuldades em ter disciplina e limites, que sofrem de ansiedade, alteração de humor e demais transtornos do tipo.
Isso porque, se elas possuem ansiedade, elas ficam mais ansiosas. Se possuem transtornos de humor, esse quadro é agravado e assim com todos os problemas supracitados.
Quando sob pressão, passando por um período de muitas tarefas ou diante de atividades que exigem comprometimento e atenção, essas pessoas podem demonstrar uma piora no quadro ansioso.
O ideal para os casos onde a obesidade vem acompanhada de transtornos de personalidade, ansiedade, neurose, dificuldade em concentração, baixa autoestima são medicamentos que não agravem esses casos e deixem os pacientes ainda mais instáveis.
Mas então, o que pode ser indicado?

Quais os medicamentos mais indicados
Para acompanhar o árduo processo de emagrecimento e cuidados com a obesidade deve-se encontrar a medicação correta, que estimule o paciente a “recomeçar” sua vida e a criar expectativas boas sobre seu futuro.
De acordo com o médico endocrinologista Dr. Álvaro Afonso, toda essa luta constante entre razão e emoção que acontece na cabeça do paciente, resulta em um desgaste muito grande, muitas vezes impedindo que ele tenha forças para dar um “start” em sua vida ou ir atrás de fazer bons planos para o futuro e executá-los.
Dessa forma, os melhores medicamentos são aqueles que aumentam o neurotransmissor chamado de serotonina.
Eles atuam muito bem contra a ansiedade de boa parte das pessoas que tem dificuldades em inibir (frear) estímulos naturais do dia-a-dia.
Porém, esses inibidores de recaptação de serotonina, fazem apenas uma parte: a de modular e frear o estímulo.
Já existe a substância chamada de bupropiona que possui um ótimo resultado, especialmente quando de alta qualidade como a bupropiona de liberação lenta.
Elas atuam em outros neurotransmissores como a dopamina e norepinefrina.
Essas substâncias ajudam a pessoa a manter foco, atenção e concentração e se relacionam muito bem com o que falamos anteriormente a respeito do desgaste sofrido por uma pessoa com ansiedade.
Esse medicamento atua nos neurotransmissores corretos, aumentando o foco, a atenção e a concentração que o paciente precisa para apertar o play em sua vida, tomar boas decisões e ir em busca de algo que produzirá efeitos positivos lá na frente.

A obesidade é mais do que uma doença. É uma luta constante. E só com muita calma, disciplina, apoio e informação de qualidade é que poderemos vencer e superar essa doença inflamatória e todos os males que vêm junto com ela!

 

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