Compulsão alimentar

O que é a compulsão alimentar? Ela é considerada uma doença ou não? Existe tratamento? Essas e outras perguntas serão respondidas pelo Dr. Álvaro Afonso nesse post.

Eis que no meio da manhã, surge aquele desejo incontrolável de comer alguma coisa, de preferência gordurosa ou açucarada.

Seria completamente normal se nosso organismo estivesse recorrendo a um mecanismo para nos lembrar da hora de comer.

O único problema é que, você acabou de fazer um lanche reforçado.  E agora? Calma, isso não significa que você tem compulsão alimentar.

Na verdade, a compulsão alimentar é fruto de uma predisposição genética, onde os inibidores do apetite podem “dar defeito” em alguma fase da vida.

Como o corpo funciona ciclicamente com estímulos e inibições, seu corpo apenas estimula a vontade de comer, já que os inibidores de apetite não estão em seus melhore dias.

Ficou confuso? Acompanhe com o Dr. Álvaro Afonso nesse artigo tudo o que você sempre quis saber sobre compulsão alimentar.

O que é a compulsão alimentar

É impossível explicarmos o conceito de compulsão alimentar sem falar de inteligência emocional.
O Dr. Endocrinologista Álvaro Afonso se refere à inteligência emocional como “educar um estímulo imediato de premiação por um estímulo maior que virá depois, ou não.”

Já na compulsão alimentar, o que acontece é que a pessoa tem geneticamente, uma predisposição a lidar mal com os hormônios que inibem os impulsos, as gratificações imediatas.
Para ilustrar melhor, vamos entender como gratificações imediatas o ato de comer um chocolate quando se tem vontade, comer imediatamente.

As gratificações a longo prazo seriam, por exemplo, uma recompensa pelo bom comportamento (inibição) do impulso.

Ou seja, se você diz para uma criança quer se ela não comer um chocolate todo dia será recompensada com uma ida ao parque no final de semana, esse programa divertido será sua recompensa a longo prazo.
Se ela abrir mão do chocolate (prazer imediato) pelo parque (prazer a longo prazo) pode-se dizer que os neurônios de inibição estão em pleno funcionamento.

A compulsão alimentar e os genes parcimoniosos

Sabemos, então, que a compulsão alimentar é fruto de uma mutação genética, nos chamados genes parcimoniosos.
Quando esses genes inflamam – o que costuma acontecer de tempos em tempos – percebe-se também uma maior dificuldade da pessoa em lidar com situações como perdas, frustrações, críticas, cobranças, pressão e etc.

“A parte inibitória do cérebro das pessoas que possuem os genes parcimoniosos é prejudicada”, ressalta o Dr. Álvaro Afonso.

Esses genes estão diretamente ligados ao desenvolvimento da obesidade e da compulsão alimentar.
Outro ponto que deve ser considerado é que, pessoas que lidam com a compulsão alimentar têm grandes chances de terem passado boa parte de suas vidas vendo e assistindo pessoas com o mesmo problema inibitório.
Ou seja, além do problema genético inicial, ainda tem a questão do conjunto de hábitos que ela aprendeu ou assistiu em familiares, amigos e vizinhos.

Compulsão Alimentar: Como Tratar

Como a compulsão alimentar não deixa de ser uma inflamação, uma maneira de recuperar essas áreas é estimulando os neurônios-espelho.

Vale ressaltar que o profissional ideal para acompanhar o tratamento da compulsão alimentar precisa ser treinado e ter conhecimento na área de transtorno de personalidade, de ansiedade e de humor.

Assim, a medicação receitada terá como foco a inibição do estímulo. Uma vez tratando a inibição do estímulo, ela deve começar um outro tipo de tratamento que inclui diversos treinamentos de respiração e concentração.

O terceiro passo é uma alimentação consciente. Uma alimentação balanceada somada aos benefícios de uma vida de exercícios físicos diários irá ajudar a recuperar as áreas inflamadas e por consequência melhorará o sono, a concentração e diversos outras áreas.

Ter a mente aberta para reaprender, força de vontade para seguir focado e seguir à risca as etapas supracitadas são os desafios que certamente o levarão a superar a compulsão alimentar!

 

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